Como é feito o diagnóstico de glaucoma?
O glaucoma é uma doença que danifica o nervo óptico, que começa na retina, viaja pelo cérebro e termina no córtex visual, localizado na parte de trás da cabeça. Ocorre, geralmente, quando há uma dificuldade de drenagem do humor aquoso, líquido que preenche a porção anterior do olho. Isso resulta em u aumento da pressão ocular e nas alterações do glaucoma.
Por ser uma condição silenciosa, seu diagnóstico só é realizado durante uma consulta oftalmológica. Na maioria dos pacientes, também são necessários exames complementares para confirmar a doença.
Para saber mais sobre como essas “pistas” sobre o glaucoma são detectadas, continue conosco!
São características comuns do Glaucoma:
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pressão ocular acima de 21 mmHg (o normal é entre 10 e 21 mmHg);
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aumento da escavação do nervo óptico;
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diferença entre a escavação dos nervos ópticos direito e esquerdo.
Estes sinais são detectados durante a consulta oftalmológica. Porém, é importante lembrar que, se eles forem detectados em pacientes que já possuem alguma outra doença ocular, ou mais de um fator de risco para o glaucoma (já vamos falar sobre eles), tornam-se ainda mais preocupantes.
Fatores de risco
Está mais propenso a ter glaucoma quem:
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possui mais de 60 anos;
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é afrodescendente;
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tem histórico familiar de glaucoma;
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sofre de diabetes, problemas de coração, pressão alta ou anemia falciforme;
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tem miopia ou alta hipermetropia;
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já passou por alguma cirurgia ocular prévia, ou trauma;
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usou corticosteróides por muito tempo, principalmente em forma de colírios;
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usou pílula anticoncepcional durante vários anos.
Exames complementares
Agora, vamos falar um pouco sobre os exames adicionais que, junto à consulta oftalmológica de rotina, podem contribuir para o diagnóstico de glaucoma:
1. Curva de pressão ocular
Apesar de ser possível medir a pressão ocular de um paciente durante a consulta oftalmológica, é preciso perceber o comportamento dela no decorrer do dia. Afinal, ela pode apresentar valores normais durante a manhã, mas se elevar à tarde, por exemplo.
Durante a curva, o paciente deve permanecer na clínica ao longo do dia, e ter a pressão dos seus olhos checada em um intervalo de horas pré-estabelecido.
2. Teste de sobrecarga hídrica
O objetivo, aqui, é criar uma espécie de sobrecarga no sistema de escoamento do humor aquoso. Para entender melhor: o humor aquoso é um líquido composto por água e outras substâncias, que circula na porção anterior do olho.
Em situações normais, esse líquido escoa normalmente pelo sistema de drenagem e é eliminado. Quando existe uma dificuldade nesse escoamento, ocorre o aumento da pressão do olho.
Logo, o teste de sobrecarga hídrica consiste em fazer com que o paciente tome 1 litro de água entre as medidas de pressão ocular. Se houver algum tipo de obstrução, a quantidade de líquido vai gerar uma sobrecarga no sistema de drenagem e, consequentemente, fará a pressão ocular subir.
3. Retinografia
Como o próprio nome sugere, a retinografia é uma imagem colorida do fundo de olho. Com ela, é possível analisar os aspectos da retina e do nervo óptico.
Dependendo da situação, pode ser que o profissional utilize filtros especiais para observar se existe algum tipo de defeito na camada de fibras nervosas dos olhos.
4. Tomografia de coerência óptica (OCT)
Aqui, a técnica usa um feixe de luz para obter imagens em cortes da retina e do nervo óptico, possibilitando que o profissional examine todas as suas camadas.
5. Campo visual computadorizado
Esse talvez seja o exame mais “complicado” para o diagnóstico do glaucoma, porque exige muita concentração. Basicamente, o paciente é orientado a fixar a visão em um ponto no aparelho, e acionar um gatilho para cada vez que algum pontinho luminoso aparecer em seu campo de visão.
O objetivo é avaliar a visão de forma funcional, detectando possíveis alterações típicas que a doença provoca.
Enfim, o diagnóstico:
Muitos oftalmologistas dizem que o diagnóstico de glaucoma é como um quebra-cabeças. Afinal, como já explicamos, não existe um único exame, bem específico, que consiga detectá-lo por conta própria. É preciso realizar uma série de testes e avaliações que começam na primeira consulta, estendem-se pelos exames e chegam ao veredicto final.
Mesmo assim, em alguns casos, pode ainda permanecer a dúvida sobre o quadro. Quando isso acontece, o paciente recebe o diagnóstico de “suspeita de glaucoma”, e passa a ser acompanhado periodicamente pelo médico, garantindo a saúde ocular e a detecção precoce da doença.